domingo, 3 de abril de 2011

TECNOLOGIAS E NOVAS EDUCAÇÕES , de Nelson Pretto e Cláudio da Costa Pinto

Helena Bispo Sampaio
COMENTÁRIO
O texto traz informações e reflexões imprescindíveis para se compreender o papel e a abrangência social que vem tomando, cada vez mais, as novas tecnologias no cotidiano das pessoas.
A leitura do texto mostra como as novas tecnologias vêm interferindo inclusive na forma em que se dá as hierarquias sociais, sem, no entanto, afirmar que elas não mais existem. Apresenta  um reflexão crítica afirmando na verdade haver uma  “pseudo-horizontalização”, por muitas vezes não ser visível a pessoa que está no topo de um organograma por exemplo. Refere-se à possibilidade de organizações verticais em rede, a partir da difusão da internet, reconhecendo, no entanto, que a sua efetividade  só  será possível através da “democratização do uso da internet” (p. 20)
O texto mostra a tecnologia como possibilidade real de inclusão social e educacional. Reconhece algumas experiências que não foram bem sucedidas e apresenta também experiências que se articulam com as tecnologias, respeitando o contexto e a cultura em que se inserem como possibilidades reais de qualificar o ensino
Percebe-se que o texto é fruto de uma olhar analítico critico sobre todo o contexto que envolve as tecnologias e  educação, e o termo “novas educações” que faz parte do título do texto, remete exatamente ao que vai ser percorrido durante a leitura, para ao final delinear com clareza e precisão que as educações e os processo de ensino precisam serem novos e inovadores e se renovarem  no mesmo ritmo ditado pelos avanços tecnológicos.
LINGUAGENS E TECNOLOGIAS  NA EDUCAÇÃO, de Nelson Pretto
Helena Bispo Sampaio
Comentário
O texto oferece a possibilidade de percepção sobre as dificuldades que se encontram relacionada ao uso das novas tecnologias seja na educação ou em outra área do conhecimento.  Para isso ele reflete sobre o significado na atualidade da tecnologia que está intimamente ligada não apenas ao fazer, mas ao significado desse fazer. Busca deixar explícita as características da aproximação da máquina com o ser humano na atualidade, com o propósito de mostrar a relação direta entre técnica, cultura e sociedade. Perpassa o texto por toda uma explicação do que hoje se constitui em complexo ou em simples, sobre o aspecto  da não linearidade e da imprevisão devido ao conhecimento científico não está mais centrado na simetria.
É um texto super importante, pois faz refletir sobre os vários contextos em que as novas tecnologias interferem na atualidade e sua dimensão, cada vez mais abrangente e determinante, em mudanças de comportamentos e de perspectivas de vida em todos os sentidos e em todas as áreas do conhecimento, como por exemplo, a reflexão sobre os minúsculos equipamentos técnicos e o seu significado na relação espaço temporal fazendo o leitor refletir sobre essa nova idéia de tempo e possibilidade de se estar próximo mesmo geograficamente distanciado.
Em alguma parte do texto pode haver certa dificuldade de entendimento devido ao uso dos inevitáveis termos técnicos utilizados, no entanto, a mensagem é passada sobre a complexidade do uso da tecnologia e da sua interferência nas relações humanas, interferências que reflete e reforça, por exemplo, as possibilidades de articulação de grupos sociais em rede para manifestar suas insatisfações utilizando a “internet como elemento mobilizador”.
O texto permite também observar e acompanhar as controvérsias da internet, que ao mesmo tempo em que possibilita uma expansão da informação e comunicação, possibilita também o controle de informações através dos portais. Essa possibilidade de controle através das novas tecnologias se expande  e pode ser percebida em vários contextos da vida como câmeras de vídeo em locais públicos e privados etc. É um texto super atual que traz informações bastante recentes como a possibilidade de haver chips introduzidos no corpo dos trabalhadores, possibilitando a sua localização e estimar o nível de sua produtividade.
Em se tratando do uso das novas tecnologias no ensino, nas escolas, o autor esforça-se para deixar explícito que a lógica da não linearidade deve ser absorvida como propósito escolar no sentido de se fugir ao rígido, evitar um planejamento fechado. A idéia é partir para uma visão escolar em que se trabalhem as diferenças, em uma busca constante pelo que virá de forma aberta, reconhecendo e acolhendo a todos; professores, alunos etc., no processo de construção e desconstrução de movimentos e reformulações das práticas educativas e dos seus propósitos.  

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